Decerto por tanto respirar, a gente esquece de respirar consciente, ou melhor, ciente, sentindo o ar sair e entrar, ente movido a ar. É o que não pode faltar um minuto sequer, entretanto esquecido quase o tempo todo. Quase: tenho respirado fundo sempre que me lembro mas, como dizia Leminski, o que mais me lembro é que sou muito esquecido. Então grudei pedaço de esparadrapo no espelho do banheiro, para lembrar. E o desenho a nanquim e lápis-cor é dos meus 13 anos, para as aulas de Ciências no Instituto de Educação Monsenhor Bicudo, em Marília, com o professor Ptialina (a gente chamava assim porque ele lançava perdigotos ao falar, ptialina é saliva, você sabe). E respiro fundo, engulo saudade.
#HAICAI
#Zaicai